Para entender esse momento histórico: o povo sai às ruas
Depois das Diretas, da Constituição
de 88 e do impeachment, o povo brasileiro se acomodou. As primeiras experiências
como democracia mostraram cansativas. A participação popular é necessária nesse
processo e o brasileiro, indiferente, resolveu deixar rolar.
O resultado
disso veio a galope. Casos de corrupção que se proliferam no meio político. A
justiça até condena, mas não pune. Políticos ilegítimos, ocupando cargos
importantes, a inflação incomodando e junto dela toda uma gama de tragédias nas
cidades, sem contar leis como a PEC 37 que quer tornar os políticos blindados
nas suas maracutaias.
Uma sucessão
de fatores (Copa das Confederações, superfaturamento na construção de estádios,
piora da violência e do transporte público, aumento das tarifas, repressão a
manifestações) constituiram o bastante para que as pessoas despertassem e
voltasse a tomar posse do Brasil. É isso mesmo, ele não nos pertence. Está nas
mãos de empresários, empreiteiros, políticos... fazem dele o que quer e nós
pagamos o preço.
É uma hora
muito fértil, mas também delicada. As manifestações só adquiriram força porque
os partidos políticos estão fora do jogo. Mas, pedir a cabeça desse ou daquele
político, é um jogo partidário. Portanto, se você quiser mesmo ajudar, peça
pela Reforma Política.
Queremos
não somente o barateamento das passagens de transporte público urbano, mas também
a melhoria dos serviços. Assim também como melhoria da saúde e da educação.
Vamos unir
conta a PEC 37 e contra políticos ridículos como o Feliciano, que não possui
dignidade para presidir uma comissão tão importante como a dos Direitos
Humanos. Vamos pedir a saída de políticos condenados e ficha suja. Isso sim são
causas concretas e que fazem sentido lutar. Como último pedido, cidadão, leia.
Se informe de todas as fontes e tire suas próprias conclusões. Cidadãos críticos
e participativos será a maior conquista desse momento.