As criações humanas, de modo geral, se reportam a um importante agente: a cultura. O homem a produz apropriando-se da técnica. No filme “2001, Uma Odisséia no Espaço” (1968) de Stanley Kubrick, a descoberta pelos hominídeos de uma ferramenta de domínio do meio, ilustra o início do emprego da técnica, como instrumento de transformação. A conquista do espaço é a evolução deste instrumento.
O meio natural entende-se como aquele utilizado pelo homem, sem grandes transformações. “As técnicas e o trabalho casavam-se com as dádivas da natureza, com a qual se relacionavam sem outra mediação”. Lembremos das cidades antigas e ou medievais européias, ou das paupérrimas vilas do Brasil colônia, erigidas dentro das limitações naturais e já o meio técnico, surge ante o “espaço mecanizado”, ou seja, a máquina a vapor, a ferrovia e a eletricidade.
O homem sob o jugo do meio natural, está sujeito e vive conforme permite a natureza. As necessidades básicas de alimento e de abrigo definem todo o espaço à sua volta. A moradia é a concretização de uma necessidade imediata humana. Transcendendo a produção do simples teto isolante de intempéries, o homem emprega sentimento e valor a sua criação: é a arquitetura.
Toda a carga histórico-ideológica povoa cada traço da urbanidade, que se materializa e se torna elemento concreto pela arquitetura. Tuan (1980, p.80) expõe muito bem ao dizer que “as mudanças em estilos de arquitetura refletem mudanças em tecnologia, economia e na atitude das pessoas para, com o que é desejável no meio ambiente físico”. O concreto pode ser também instrumento de controle e domínio de uma sociedade.
Muitos que tiveram a experiência de adentrar em uma catedral medieval, relatam como tal edifício toca os sentimentos. A arquitetura tem esse dom. Rossi (1995) a considera como sendo inerente “à formação da civilização e é um fato permanente, universal e necessário”. Tuan (1983, p.19), em sua análise topofílica, explica que “os homens não apenas discriminam padrões geométricos na natureza e criam espaços abstratos na mente, como também procuram materializar seus sentimentos, imagens e pensamentos. O resultado é o espaço escultural e arquitetural e, em grande escala, a cidade planejada”.
A cidade é sentimento, expressa fé, poder, criatividade, orgulho, humildade, simplicidade... O fenômeno urbano é dotado de características que podem conter todo um universo, tornando-se “um símbolo da totalidade psíquica, um microcosmos capaz de exercer uma influência benéfica sobre os seres humanos que entram no lugar ou que aí vivem” (idem, 1980, p.20).
A cidade é arte. “Arte e arquitetura buscam visibilidade. São tentativas de dar forma sensível aos estados de espírito, sentimentos e ritmos da vida diária. A maioria dos lugares não são criações deliberadas, pois são construídas para satisfazer as necessidades práticas” (idem, 1983, p. 184). A cidade concebida como arte, diz Rossi, (1995, p.137) é um artefato pelo qual “podemos observar e descrever ou procurar compreender seus valores estruturais”. As formas e tipologias arquitetônicas para Rolnik (1994, p.17) “podem ser lidas e decifradas, como se lê e se decifra um texto”, pois o “desenho das ruas e das casas, das praças e dos templos, além de conter a experiência daqueles que os construíram, denota o seu mundo”. Daí a necessidade de se entender tudo o que se produz e se cria em um determinado lugar.
O meio natural entende-se como aquele utilizado pelo homem, sem grandes transformações. “As técnicas e o trabalho casavam-se com as dádivas da natureza, com a qual se relacionavam sem outra mediação”. Lembremos das cidades antigas e ou medievais européias, ou das paupérrimas vilas do Brasil colônia, erigidas dentro das limitações naturais e já o meio técnico, surge ante o “espaço mecanizado”, ou seja, a máquina a vapor, a ferrovia e a eletricidade.
O homem sob o jugo do meio natural, está sujeito e vive conforme permite a natureza. As necessidades básicas de alimento e de abrigo definem todo o espaço à sua volta. A moradia é a concretização de uma necessidade imediata humana. Transcendendo a produção do simples teto isolante de intempéries, o homem emprega sentimento e valor a sua criação: é a arquitetura.
Toda a carga histórico-ideológica povoa cada traço da urbanidade, que se materializa e se torna elemento concreto pela arquitetura. Tuan (1980, p.80) expõe muito bem ao dizer que “as mudanças em estilos de arquitetura refletem mudanças em tecnologia, economia e na atitude das pessoas para, com o que é desejável no meio ambiente físico”. O concreto pode ser também instrumento de controle e domínio de uma sociedade.
Muitos que tiveram a experiência de adentrar em uma catedral medieval, relatam como tal edifício toca os sentimentos. A arquitetura tem esse dom. Rossi (1995) a considera como sendo inerente “à formação da civilização e é um fato permanente, universal e necessário”. Tuan (1983, p.19), em sua análise topofílica, explica que “os homens não apenas discriminam padrões geométricos na natureza e criam espaços abstratos na mente, como também procuram materializar seus sentimentos, imagens e pensamentos. O resultado é o espaço escultural e arquitetural e, em grande escala, a cidade planejada”.
A cidade é sentimento, expressa fé, poder, criatividade, orgulho, humildade, simplicidade... O fenômeno urbano é dotado de características que podem conter todo um universo, tornando-se “um símbolo da totalidade psíquica, um microcosmos capaz de exercer uma influência benéfica sobre os seres humanos que entram no lugar ou que aí vivem” (idem, 1980, p.20).
A cidade é arte. “Arte e arquitetura buscam visibilidade. São tentativas de dar forma sensível aos estados de espírito, sentimentos e ritmos da vida diária. A maioria dos lugares não são criações deliberadas, pois são construídas para satisfazer as necessidades práticas” (idem, 1983, p. 184). A cidade concebida como arte, diz Rossi, (1995, p.137) é um artefato pelo qual “podemos observar e descrever ou procurar compreender seus valores estruturais”. As formas e tipologias arquitetônicas para Rolnik (1994, p.17) “podem ser lidas e decifradas, como se lê e se decifra um texto”, pois o “desenho das ruas e das casas, das praças e dos templos, além de conter a experiência daqueles que os construíram, denota o seu mundo”. Daí a necessidade de se entender tudo o que se produz e se cria em um determinado lugar.