quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O que é o aquecimento global


O que é o aquecimento global

Existe muita confusão sobre as informações relacionadas ao clima em escala planetária, por parte da maioria das pessoas. É comum associarem todos os fenômenos terrestres ao aquecimento do planeta e formular, em senso comum, que qualquer ação humana resulta em imediata catástrofe. Bom, não é bem assim. Antes de tudo vamos esclarecer o que é o aquecimento global, que muitas vezes é confundido com o efeito estufa.
A vida em nosso planeta resulta da interação entre a Atmosfera – camada composta por gases que envolvem a Terra -, a Hidrosfera – que é a água em seus diversos estados presentes nos oceanos, mares, rios, lagos, geleiras, nuvens e subterrâneas -, a Litosfera – parte rochosa do planeta. A energia que move esse sistema provém do Sol, que em contato com a atmosfera é refletido para o espaço. Contudo, os vapores de água e gases como o gás carbônico e o metano retém uma pequena parte da radiação solar que é liberada na atmosfera na forma de calor. Isso faz com que a temperatura em nosso planeta seja adequada ao desenvolvimento da vida.
Nos últimos duzentos anos conhecemos avanços espantosos, impulsionados pela Revolução Industrial que, entretanto, passou a transformar a natureza a velocidades nunca antes vistas. Derrubada de florestas, emissão de gases poluentes provindos da indústria, dos automóveis, do lixo em decomposição alteraram consideravelmente a concentração dos gases estufa, causando um desequilíbrio no processo.
Como resultado dessa alteração, uma quantidade maior de calor do Sol fica retida aumentando a temperatura e promovendo um aquecimento da Terra, que por sua vez traz como conseqüências alterações nos sistemas climáticos.
Nos pólos, das geleiras, o aquecimento acelera o processo de degelo, fazendo com que icebergs sejam lançados nos oceanos, o que vem promovendo o aumento de seu nível. Resultado: em um futuro não muito distante há previsões de inundações em regiões costeiras e importantes cidades litorâneas e ilhas inteiras.
O regime de chuvas também poderá alterar, em várias partes do mundo, trazendo secas para regiões antes equilibradas e excesso de chuvas noutras. Isso causará grandes impactos na agricultura e produção de alimentos.
Ciclones e tornados deverão ficar mais comuns, inclusive em regiões que desconheciam esses fenômenos como o sul do Brasil.
A reprodução de algumas espécies animais sofrerá com essas mudanças enquanto outras, como os insetos poderão aumentar, o que pode resultar em mais doenças causadas por vetores da dengue, da malária, da febre amarela entre outras.
Terremotos, maremotos e vulcões não têm relação com o aquecimento, sendo estes fenômenos oriundos da atuação das forças internas da Terra. Assim como o buraco na camada de ozônio também não possui relação com o aquecimento.
Hoje, somos conscientes de que nossas ações estão a provocar estas alterações. É difícil dimensionar os impactos de tais mudanças na vida do homem. A única certeza que podemos ter é de que é preciso se preparar. A Terra que nós e nossos ancestrais conhecemos deverá mudar.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Jardinagem está na moda





É famosa a obsessão dos ingleses pela jardinagem. Essa arte é inclusive tida por muitos como uma instituição, por lá. É comum associarmos as paisagens ao redor de Londres a cabanas bucólicas cercadas por coloridos jardins. Sem falar nas floreiras cultivadas nas sacadas dos apartamentos, nas ruas e até nas paredes dos edifícios, numa modalidade chamada jardins verticais.
O costume da jardinagem inclusive chegou ao Brasil pelos ingleses, que depois da abertura dos portos à Inglaterra, passaram a habitar essas paragens. Compravam chácaras nos arredores da cidade do Rio de Janeiro e ali se dedicavam a essa terapia, hoje, recomendada até por médicos conhecedores de suas propriedades relaxantes e “desestressantes”.
Lembro-me dos jardins de minhas avós. Roseiras, arbustos e toda espécie de plantas, incluindo aquelas tidas como medicinais. Não possuíam planejamento, mas carregavam uma beleza singular, talvez por serem instintivos e cheios de cor.
Cultivar um jardim não é exclusivo desta ou daquela classe social, entretanto, nossa cultura não oferece muita importância a essa prática. Creio que herdamos dos portugueses certo comodismo e desleixo para com os espaços não construídos e áreas públicas. Enquanto os japoneses aproveitam cada centímetro de terra para cultivar vegetais, nós vemos o mato crescer e as pessoas descartarem lixo e todo o tipo de imundície naquilo que poderia ser uma acolhedora área verde.
Quantas e quantas residências habitadas são tomadas por ervas daninhas e algumas até por lixo, em áreas que se bem trabalhadas trariam beleza e aconchego. Para se ter um jardim bonito não é necessário dinheiro e sim disposição, para dedicar alguns minutos por dia na rega, no plantar, no cuidar.
Jardins nunca estiveram tão em moda, e ainda mais em tempos de aquecimento global. Onde só existe concreto e asfalto impermeabilizando o solo, tornam-se pontos para infiltração da água da chuva, o que reduz o impacto de enchentes, por exemplo. Absorvem menos calor do Sol, reduzindo os efeitos das ilhas de calor, também comum nos centros urbanos. Suas plantas auxiliam na absorção de gás carbônico além de reter alguns poluentes. Oferecem beleza à cidade e aconchego às residências. Diante de todos esses pontos a favor, por que não dedicar aquele pedaço de terra esquecido no quintal de casa algumas mudas de flores e árvores? Ou ainda, a área próxima ao córrego, ao terreno baldio do visinho, às áreas públicas esquecidas, mas presentes em nosso cotidiano. Em suma, hoje, cultivar um jardim não é apenas um hobbie. É um ato de civilidade.

Mercado de trabalho e novo ENEM



A educação no Brasil está passando por grandes mudanças. Os governantes se convenceram da importância de um ensino de qualidade para a melhoria da condição de vida da população. O país que nas décadas de 1980 e 1990 sofria de constantes crises e desenhava um horizonte sem perspectivas para os jovens é algo do passado. Vivemos atualmente uma revolução no mercado de trabalho. Existem milhares de vagas em diversos setores, mas, faltam pessoal qualificado para ocupá-las.
Para evitar um apagão de profissionais o governo vem investindo maciçamente na formação técnica e tecnológica. O Brasil é um dos países que obteve maior crescimento econômico em meio a crise econômica mundial. O jovem que conclui o ensino médio e sai com um diploma de um curso técnico tem 48% mais chances de emprego que um estudante que concluiu apenas o ensino médio, segundo pesquisa divulgada pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas e Instituto Votorantim.
O estudo mostrou que os salários daqueles que possuem um curso profissionalizante é até 13% superior. Em outra pesquisa, publicada também pela FGV, para cada ano de estudo o salário do brasileiro pode subir até 15%, o que evidencia a relação entre educação e ascensão social. Atualmente, cerca de 29 milhões de pessoas frequentam esses cursos. Além disso o ensino técnico tem a vantagem de oferecer aplicabilidade aos conteúdos ensinados, uma necessidade que hoje se faz presente inclusive nas provas do Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM, criado em 1998 para avaliar a qualidade do Ensino Médio. Hoje, ele é aplicado também como forma de seleção simplificada nos processos seletivos das universidades públicas federais.
As provas do Novo ENEM, divididas em duas etapas, mantém a exigência de compreensão dos enunciados e valoriza o lado lógico e de interpretação do aluno, em fórmulas e datas. O Enem visa avaliar a capacidade de raciocínio e as ideias do aluno e não a memoriazação pura e simples.
As questões possuem caráter transdiciplinar, ou seja, envolvem mais de uma disciplina do ensino médio para obtenção da resposta. Avaliam competências e habilidades que exigem do estudante a constituição de uma visão de mundo ampla e atualizada. Além de boa leitura, essencial na interpretação dos textos e enunciados. É preciso conhecer e analisar os fenômenos que estão a sua volta para poder interferir na realidade, exigência também cobrada dos profissionais atuantes no mercado de trabalho.
Diante disso é possível desenhar um perfil de estudante que, antes de mais nada, deve ter a consciência de que sua formação profissional se inicia nos seu ingresso na escola. É preciso ter conhecimentos básicos de interpretação, escrita e raciocínio lógico matemático, conteúdos ensinados nos primeiros anos da educação básica.
O Brasil do futuro exige que revolucionemos a educação não apenas em números. É urgente dar um salto qualitativo e possibilitar a formação de pessoas que acima de tudo “saibam fazer”, premissa implícita nas provas do ENEM.